Projeto Camisa 10

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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Quatro treinadores correm risco de duplo rebaixamento no Brasileiro

23/11/2011 08h15 - Atualizado em 23/11/2011 10h04

Antônio Lopes, Cuca, Joel Santana e Vágner Mancini lutam para
salvar o atual clube e afundar o outro em que estiveram nesta temporada

Por Fernando Martins Y Miguel Belo Horizonte

 
Antônio Lopes, técnico do Atlético-PR (Foto: Fernando Freire/Globoesporte.com)
 
Lopes, agora no Furação, tem parcela na queda do
América-MG (Fernando Freire/Globoesporte.com)
Nessa reta final de Campeonato Brasileiro, as disputas entre as equipes da parte de baixo da tabela de classificação pegam fogo. Mas um duelo particular entre os técnicos dos times ameaçados chama a atenção. Quatro deles vivem o risco de um duplo rebaixamento, já que deixaram um time em apuros mas continuam na mesma situação, agora em um concorrente.
Os exemplos são vários, a começar por Antônio Lopes, fadado a ser lembrado de modo negativo pelos torcedores do América-MG, já rebaixado. O treinador carioca comandou o Coelho em quatro jogos, conseguiu apenas dois pontos e deixou a equipe na lanterna da disputa. Além disso, deu declarações que não foram bem digeridas pelo grupo de jogadores.
O presidente do América-MG, Marcus Salum, não vê como erro a contratação de Lopes.
- No final das contas, foi benéfico. Motivou os nossos jogadores a darem respostas dentro de campo - analisou o dirigente.

Joel Santana no jogo do Bahia (Foto: Ag. Estado)
 
Joel Santana faz as contas para livrar o Bahia da
Série B em 2012 (Foto: Agência Estado)
Agora, Antônio Lopes comanda o Atlético-PR, que ainda luta contra o descenso. Na próxima rodada, encara o América-MG, em Uberlândia, e uma vitória pode deixá-lo fora da zona de rebaixamento - desde que o Cruzeiro não ganhe do Ceará em Fortaleza.
Outro nome da lista é Joel Santana, atual treinador do Bahia. Apesar de estar a quatro pontos da zona de rebaixamento, ainda corre risco. Ele treinou o Cruzeiro em pouco mais de dois meses e teve um retrospecto de oito vitórias e sete derrotas. Sofreu com as contusões de boa parte do elenco, como o atacante Wallyson, e tentou dar força aos jogadores oriundos das categorias de base, mas não obteve sucesso.
Já o atual treinador cruzeirense, Vágner Mancini, terá um duelo direto e decisivo no próximo domingo, contra o Ceará, time que conhece bem. Ele ficou 159 dias no comando do Vozão, conquistou o Campeonato Cearense, chegou às semifinais da Copa do Brasil, mas deixou a equipe na 15ª colocação no Brasileiro, com 27 pontos, após 23 rodadas.
 
vagner mancini grêmio x cruzeiro (Foto: Leonardo Simonini/Globoesporte.com)
 
Mancini tem confronto direto contra o ex-clube
(Foto: Leonardo Simonini/Globoesporte.com)
Por conhecer bem o adversário, Mancini comenta o que pode ajudar para o confronto em Fortaleza.
- Monto estratégia, passo aos atletas todas as informações, só que dentro de campo é que tudo se define e, infelizmente, a gente só vai até certo ponto.
O atleticano Cuca é outro que poderá deixar o Brasileiro deste ano com a marca da dupla queda, caso o Cruzeiro não consiga a permanência na Série A. Cuca dirigiu o time celeste nas cinco primeiras rodadas e não conseguiu uma vitória. Teve sua imagem arranhada após a eliminação precoce na Taça Libertadores, para o Once Caldas. Venceu o estadual em dois jogos difíceis contra o rival Atlético-MG e amenizou a situação. Mas não resistiu a uma sequência sem triunfo no Brasileiro.

Cuca internacional x atlético-mg (Foto: Agência Estado)
 
Cuca só pensa em livrar o Atlético-MG do
rebaixamento no Brasileirão (Foto: Agência Estado)
Faltando apenas duas rodadas para o término do certame, Cuca ainda precisa ajudar a garantir a permanência do Galo na Série A - e torcer para o rival continuar nela para não ficar com a marca negativa na carreira. Perguntado sobre a situação, o comandante alvinegro se esquivou.
- Ainda não estou em condições de responder isso. Estou com o pensamento só no Atlético, em tirar a equipe do risco de rebaixamento. Não tenho tempo para pensar em outra equipe - limitou-se a dizer.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Instituto Ronaldinho Gaúcho: prefeitura pede R$ 350 mil de volta

Entidade do craque está extinta, mas é acusada pela prefeitura de Porto Alegre de uso indevido de verbas entre 2007 e 2010. CPI, por ora, não sai


Por GLOBOESPORTE.COM Porto Alegre




A Comissão de Educação, Cultura, Esportes e Juventude (Cece) da Câmara Municipal de Porto Alegre esteve reunida nesta terça-feira para avaliar a prestação de contas feita pelo já extinto Instituto Ronaldinho Gaúcho. Ao fim do encontro, a prefeitura de Porto Alegre cobrou a devolução do valor de R$ 350 mil, por conta do uso de indevido de verbas. A informação foi divulgada no site oficial da Câmara, que se baseou em argumentos do secretário de Governança Local, Cézar Busatto.
O Instituto Ronaldinho Gaúcho encerrou suas atividades no fim de 2010. Entre 2007 e a data do fechamento, recebeu um total de R$ 5,2 milhões em verbas públicas, por conta de convênios firmados. Destes, R$ 2,3 milhões vieram do Governo Federal, e R$ 2,9 milhões se originaram de recursos próprios do tesouro de Porto Alegre.

Reunião Câmara Porto Alegre - Ronaldinho (Foto: Elson Sempé Pedroso / Site oficial da Câmara)

Representantes do Instituto Ronaldinho apresentam oito volumes com comprovantes de gastos
(Foto: Elson Sempé Pedroso / Site oficial da Câmara)
Estiveram presentes na reunião representantes do Instituto Ronaldinho Gaúcho. Eles levaram oito volumes com todos os demonstrativos de gastos e informaram que R10 investiu R$ 1,9 milhão em recursos próprios para sua entidade filantrópica.
A Câmara, porém, cobra explicações para os gastos descritos. O presidente da Cece, Professor Garcia (PMDB), informou que empresas prestadoras de serviço ao instituto deverão ser convocadas pelo Legislativo para prestar esclarecimentos sobre R$ 330 mil em notas fiscais sem discriminação. Elas são relacionadas com serviços que vão desde alimentação de crianças até fornecedores de material esportivo, como bolas, bandeiras de arbitragem, apitos e cartões de advertência.
CPI
Havia a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) nesta terça, não concretizada por ora. O pedido foi feito pelo vereador Mauro Pinheiro (PT), mas faltaram duas assinaturas para que o inquérito fosse de fato aberto.
Representantes de Ronaldinho Gaúcho ainda não foram localizados pelo GLOBOESPORTE.COM para comentar o assunto.

domingo, 13 de novembro de 2011

Revista Veja, novembro de 2011.


SERVIÇOS SOCIAIS IMPORTANTES

Sobre ONGs, Veja (dia 9, data de capa), destaca que as do bem (a maioria) pagam pelas corruptas. Das 340 mil ONGs existentes no Brasil, 99,4% não recebem dinheiro do Governo Federal (“ao menos de forma repasses diretos, já que muitas são beneficiadas pelos mecanismos de isenção fical”). As entidades bandidas, porém, acabaram por manchar a imagem de todas elas. “As do bem,além de empregarem 2 milhões de pessoas, prestam serviços sociais importantes sobretudo nas áreas de saúde, educação, defesa do meio ambiente e fiscalização dos gastos públicos. São ONGs, por exemplo, todas as santas casas de misericórdia do país, assim como a rede das Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes)”.

A revista acrescenta que, embora entidade desse tipo esteja a léguas de distância das falcatruas de Brasília, nem por isso deixa de ser prejudicada por elas. “É o caso da Fundação PioXII, mantenedora do Hospital do Câncer de Barretos, um centro de excelência que atende 3.000 pessoas por dia”. Conta seu presidente Henrique Prata: “Acabamos de investir 3 milhões de reais para montar um centro de tratamento de câncer em Rondônia, mas depois desses episódios (denúncias envolvendo ONGs e ministérios, como o de Turismo e do Trabalho) tivemos negado um documento que nos permitiria atuar no estado. Estão desconfiando de todo mundo”, diz.

O prejuízo não é apenas moral. Para não ser surpreendida por mais escândalos, a presidente Dilma Rousseff determinou o congelamento de repasses para essas entidades por trinta dias. “Nesse período, quer um raio X dos gastos. Trata-se de uma medida profilática, necessária, e, ao mesmo tempo, injusta, já que, sem querer, acaba por vitimar inocentes”, escreve Veja, em reportagem de Laura Diniz.

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sexta-feira, 11 de novembro de 2011

No olho do Furacão: Jairzinho e sua fábrica pela vida na 'Faixa de Gaza'

Tricampeão mundial em 70 faz 400 jovens sonharem com mundo melhor
na escolinha montada no Complexo de Manguinhos, área violenta do Rio

Por Márcio Mará Rio de Janeiro

jairzinho furacão copa de 70 (Foto: Agência O Globo)
Furacão em 70, Jair comemorou gols de joelhos,
fazendo o sinal da cruz (Foto: Agência O Globo)
Destemor e autoconfiança sempre foram marcas inconfundíveis de um certo herói brasileiro. Foi em 1970, no México, que Jair Ventura Filho, o Jairzinho, Furacão da Copa, essencial na campanha do tricampeonato mundial - fez gols em todas as partidas -, mostrou ao mundo como conseguia, com uma bola de futebol, arrancar o sorriso de milhões de crianças. Para recordar, é só olhar no You Tube: o chapéu no goleiro, a matada no peito, o tiro de misericórdia para o fundo das redes. Ou então, após outro gol, a comemoração clássica, de joelhos, fazendo o sinal da cruz. O gesto de agradecimento por tudo já começava ali. A cena cinematográfica virou símbolo da glória que pontuou a carreira de um personagem tipicamente canarinho: o talento e a perseverança  venciam barreiras.
Quarenta e um anos depois da maior de todas as vitórias, muita coisa aconteceu na vida do ídolo, artilheiro do Brasil em 1970, com sete gols. O Maracanã permaneceu como o palco de grandes shows com o Botafogo. Mais tarde, até os franceses bateram palmas para seu talento em Marselha, quando brilhou no Olympique. Voltou ao Brasil e foi uma das estrelas do Cruzeiro quando o clube ganhou a América do Sul. Um pouco antes de pendurar as chuteiras e logo depois, viveu aventuras. A maior, no Gabão, país africano, onde foi técnico. Mas faltava algo mais para Jair. Agora, ele segue na missão de fazer os mais carentes sorrirem. Mas longe dos holofotes. No olho do Furacão, literalmente.
Pelo menos duas vezes por semana, há um ano e dois meses, Jairzinho atravessa o túnel tal como entrava na área adversária. O novo palco fica no nada pacífico Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio. Encravado na comunidade de Varginha, com as favelas Mandela 1, Mandela 2  e Mandela de Pedra ao redor - batizadas com o nome do líder sul-africano emprestado ao conjunto habitacional criado ali -, e com uma cracolândia por trás, o campo de futebol  que foi do clube Rio-Petrópolis fica no coração da chamada Faixa de Gaza, uma das áreas mais violentas e controladas pelo poder do trático no Rio. Bem modesto, com o tamanho mínimo oficial, não tem drenagem. Mas é o suficiente para o ídolo, aos 66 anos, comandar a Fábrica de Talentos Furacão. Lá, faz 400 jovens, entre 9 e 19 anos, sonharem com um mundo melhor, bem diferente do que vivem.
Alunos Jairzinho furacão treino manguinhos (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Alunos ouvem palestra de Jairzinho (C) antes de começar a aula no campo situado no "coração" da Faixa de Gaza, em Manguinhos, rodeado pelas favelas  (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
- Procuro devolver aquilo que eu recebi. Também venho de comunidade carente. Depois de ter alcançado o objetivo de ser jogador de futebol, hoje retribuo. Queremos formar o homem. Dar a ele uma condição de vida melhor, integrá-lo no esporte para que possa adquirir disciplina de vida, na parte alimentar, de repouso, disciplina do compromisso que tem de vir treinar, do respeito pelos companheiros. Toda essa cidadania que a gente tem que passar para essa mocidade de hoje. Ainda há muitos desamparados - afirmou Jairzinho.
Procuro devolver aquilo que recebi. Queremos formar o homem"
Jairzinho
No discurso antes da aula, o tricampeão mundial de 1970 voltou a explicar à garotada a necessidade de mostrar à sociedade o quanto ela é injusta por essa exclusão social com os mais necessitados. Na Escola de Talentos Furacão, Jairzinho conta com uma equipe para ajudá-lo na empreitada de formar cidadãos. Entre os dez profissionais, um é seu braço direito. Jorge Eiras, amigo há mais de 30 anos, conheceu-o no Botafogo. Campeão de polo aquático, formou-se depois em Educação Física, pela Uerj, com mestrado. Acompanhou o ídolo em vários países, entre eles Grécia e Gabão. É uma espécie de faz-tudo. Organiza a casa.
- Esse projeto tem como objetivo vir aqui salvar vidas. Dar oportunidade num local que não tem atividade física nem trabalho social. A gente busca o talento, mas sobretudo a vida. Tirar o garoto da marginalidade. Aproveitamos ex-profissionais, aumentando a autoestima deles. Trouxemos o Marco Antônio e o Amarildo, campeões do mundo, além do Osires e o Waltinho, ex-Fluminense, nos anos 70. Jair sempre teve esse olho clínico. Tanto que descobriu o Ronaldo Fenômeno. Aí, quando vê um talento aqui, tem moral de chegar para um Sebastião Leônidas, do Botafogo, e indicar para o clube. Foi um agora para o Flamengo, o Felipe. Tem 14 anos, é meio-campo. Tem um menino também no Atlético Paranaense, o Rômulo. A gente vai dando oportunidade. Mesmo que o garoto não seja um craque, pelo menos ele está aqui fazendo algo - disse Eiras.
Jairzinho furacão treino manguinhos (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Jairzinho treina na Escola de Talentos jovens dos 9 aos 19 anos (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Tanto Eiras quanto Jairzinho afirmam que não participam de qualquer agenciamento. No máximo, se os pais quiserem, eles indicam dois amigos de confiança,  "amantes do futebol", segundo o Furacão. Sem visar ao retorno financeiro, o ídolo acaba, em alguns momentos, tendo dificuldade de tocar o projeto.
- Estou feliz com a oportunidade que estou dando para uma série de garotos aqui. Nem todos conseguem, a gente sabe. A própria comunidade apoia. Se você fizer um censo perguntando o que acham do Jairzinho, vão elogiar. No início deste ano, tivemos uma paralisação de dois meses e ficou a ponto de ser desativado. Tinha que ver a comunidade como ficou... O projeto teve um período contratual, terminou, estávamos sem recursos, precisei suspender. Teve pai aqui que chorou. A gente atende todo mundo. Homens, mulheres, crianças, tem futebol feminino,  lanche diário. No café, dou Toddynho com biscoito para a garotada. Vêm alguns pais, que pedem. Fazemos comida para eles - afirmou o Furacão.
Dificuldades
O projeto da Escola de Talentos Furacão começou com o apoio da Secretaria de Ciência e Tecnologia, mas agora precisa de verba própria. A Coca-Cola ajudou apenas com os uniformes. Alguns botafoguenses, como o empresário Sávio Neves, primo do senador de Minas Gerais Aécio Neves, dão contribuição para garantir a continuidade. Eiras e Jairzinho dizem que, quando a  situação complica, são obrigados a tirar do próprio bolso. Os salários dos ex-jogadores, como do tricampeão mundial Marco Antônio e de Waltinho, são de R$ 1.000 - Amarildo anda afastado, com problemas de saúde.
- Estamos aqui para amenizarmos o que podemos desse sofrimento. Outro dia eu estava vendo na TV os caras que foram detidos pela morte do cinegrafista da TV Bandeirantes (Gelson Domingos da Silva, morto no último domingo). Se não me engano, eram todos jovens. Isso é falta de quê? Oportunidade de vida. Todo mundo quer viver. Todo mundo sabe o que é tomar um café, almoçar, jantar, fazer um lanche, dormir, se vestir. Mas se você não dá condição, como é que vai ser? Essa diferença social é maldosa.
jairzinho furacão escolinha manguinhos (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Furacão ensina fundamentos do futebol e também
da vida (Foto: André Durão/Globoesporte.com)
Ajudar a reparar as injustiças sociais é uma das motivações que movem Jairzinho. Ele conhece como poucos o caminho para driblar as dificuldades. Afinal, segundo ele mesmo conta, passou por seis operações no corpo nos tempos de jogador. Todas tiveram como causa uma entrada desleal. Uma cirurgia foi do quadríceps quase esfacelado pelo xerife Moisés, ex-Vasco. O Furacão parou por um ano e dois meses e quase ficou inutilizado. Houve também a fratura do quarto e quinto metatarsos. Culpa, segundo ele, de Altair, ex-Flu. O deslocamento na clavícula teve como autor Assis, que também jogou no Tricolor. Nada, no entanto, que o fizesse desistir.
- Marcadores violentos eu tive vários. Moisés estourou meu quadríceps, quase me aleijou em 1971. O Botafogo perdeu o título graças a ele. O que acontecia quando eu estava no Botafogo é que tinha treinador que mandava me pegar. "Tira o Jair do jogo que a gente ganha." Fui o primeiro no mundo a fazer enxerto ósseo... Mas marcador para me parar na bola, que me marcou mesmo, não teve nenhum. Não tenho humildade para isso não.
Jair dá um tempo, para e continua o desabafo. Vem à lembrança do ídolo um caso recente, desse período em que segue na causa nobre que comanda em Manguinhos. Um dos jovens que treinou e tinha tudo para realizar seus sonhos acabou abatido pela violência.
- Teve um garoto que eu peguei, ele já estava fazendo treinamento no Flamengo... Aí tem aquela casa de shows, Via Show. Ele estava lá, morreu. Numa daquelas baladas. Executaram tanto ele como um amigo. Estava com 17 anos. Foi dramático. Mas não é só ele não. Outros vão embora.  Mas daqui, desses 400 que temos hoje, não há nenhum com problema. Eles vêm aqui e me respeitam. Se não me respeitarem, estão fora - disse o Furacão.
Oportunidades
Continuar os estudos é uma das obrigações para se manter na escola de Jairzinho. Nathan da Silva Vieira, 13 anos, mora no Mandela 2 e foi lá para pedir uma vaguinha, antes de ir estudar. Torcedor do Fluminense, tem como ídolo o atacante Fred, mas usa para levar os livros uma bolsa do Manchester United. Um amigo de colégio, chamado Lucas, que já está na Escola de Talentos Furacão, lhe contou das coisas boas que encontrou na escolinha.
- Somos educadores, orientadores, conselheiros. Chegamos à conclusão que a única saída é o estudo. Quando o garoto chega aos 18 anos, o clube já não aceita mais porque está velho. Então, se estiver bem estruturado, a vida vai seguir. Aproveita a oportunidade. Agora, esses garotos têm boa chance e um ídolo como o Jair como exemplo. Sou suspeito de falar, eu era marcador dele. Foi uma honra estar do lado do Jairzinho. A gente sempre enfatiza: "Meninos, estudem. A saída é craque na bola, craque na escola" - afirmou o ex-jogador Waltinho, um dos professores.
Alunos Jairzinho furacão treino manguinhos (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Ex-jogadora, Graciara trabalha na Escola de Talentos
de Jair (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Quem também trabalha duro no projeto é Graciara da Silva. Conhecida na comunidade como Gagui, a ex-jogadora de futebol é mãe de um dos alunos de Jairzinho. O filho conheceu o projeto, e ela passou a frequentar as aulas. Como estava cursando educação física, ganhou uma oportunidade de trabalhar com o Furacão. Segundo Graciara, o entrosamento foi crescendo com o passar do tempo. E hoje, o único ponto de referência no território é a Escola de Talentos.
Ainda segundo Gagui, não existe outro projeto de esportes ou educação na área, só alguns feitos no ano passado com o PAC, mas que não abrangem todo o território da comunidade da Varginha, o Carlos Chagas.
- Aqui tem criança do Mandela 1, Mandela 2, Embratel, Barraquinho, Manguinhos, Jacaré, Benfica, Amorim, todo o Complexo de Manguinhos. Trabalhamos em dois horários. Atrás do campo teve uma cracolândia. Fiquei pensando no que poderia fazer. As crianças cresciam e iam direto para as drogas, para o tráfico. Comecei a chamar todo mundo. Antes os pais me procuravam e diziam: "Arruma uma vaga para o meu filho porque ele é bom de bola. Depois, a fala mudava: "Arruma uma vaga para o meu filho que ele já está usando droga." Aí começamos a trabalhar mais efetivamente, já pegando o telefone. Eu começo o contato ali. A gente precisa de uma estrutura muito maior, psicológica. Mas o projeto tem sido maravilhoso. As crianças estão felizes. O Jairzinho se move da Zona Sul para cá. Chega com aquele sorriso, acolhendo todo mundo. E estamos aprendendo. Aqui, na verdade, é uma fábrica de cidadãos honestos, íntegros.
Alunos Jairzinho furacão treino manguinhos (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Darlan, 14 anos, sonha com chance no futebol
(Foto: André Durão / Globoesporte.com)
Um dos candidatos a mudar de vida é Darlan Leandro Viana Salles, 14 anos. O garoto leva jeito. Torcedor do Flamengo, tem como ídolo Neymar, e mostrou desembaraço e personalidade.
- Jogo no ataque, sou destro e gosto de driblar. Mês atrás, fiz um teste no Nova Iguaçu, mas não passei por causa do tamanho. O professor pediu para eu voltar no ano que vem, com mais corpo. Tenho quatro irmãos e moro no Mandela 1. De manhã faço esporte, de tarde estudo no colégio Gonçalves Dias, em São Cristóvão. Estou tirando boas notas. No recreio, gosto de bater bola, brincar... Aqui não sou só eu que arrebento, tem muita gente boa também - afirmou, com o sorriso da esperança de, um dia, sair da Faixa de Gaza para brilhar como um Furacão. Como Jairzinho.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Amistoso sábado dia 5 de Novembro.





Jogo amistoso contra o Colégio Nosso Senhora Medianeira, categorias sub 15, sub 13, sub 11.

Parabéns a todos! 

Projeto Camisa 10 - Participe desta idéia.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

FOTO DA EQUIPE SUB 15.


PROFESSOR GABRIEL E SEU SCRET RUBRO NEGRO SUB 15 EM JOGO AMISTOSO CONTRA A EQUIPE DO COLÉGIO NOSSA SENHORA MEDIANEIRA 


- FAÇA PARTE DESTE PROJETO, PATROCINE ESTA IDÉIA E AJUDE A MUDAR A VIDA DE MUITAS CRIANÇAS.

PROJETO CAMISA ESCOLA FURACÃO

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Amistoso sábado dia 5 de Novembro.

Confirmado Jogo amistoso neste sábado contra a Equipe do Colégio Medianeira.

Local: Campo de Futebol do Projeto Camisa 10

Horário das Partidas:

Sub 15/Sub13   8h30/10h00

Sub 11/Sub9     10h00/11h30