Projeto Camisa 10

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terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Coluna sobra a Copa 2014,



Antonio Lassance
Vai ter Copa: argumentos para enfrentar quem torce contra o Brasil.

Como a desinformação alimenta o festival de besteiras ditas contra a Copa do Mundo de Futebol no Brasil.
 

Profetas do pânico: os gupos que patrocinam a campanha anticopa

Existe uma campanha orquestrada contra a Copa do Mundo no Brasil. A torcida para que as coisas deem errado é pequena, mas é barulhenta e até agora tem sido muito bem sucedida em queimar o filme do evento.

Tiveram, para isso, uma mãozinha de alguns governos, como o do estado do Paraná e da prefeitura de Curitiba, que deram o pior de todos exemplos ao abandonarem seus compromissos com as obras da Arena da Baixada, praticamente comprometida como sede.

A arrogância e o elitismo dos cartolas da Fifa também ajudaram. Aliás, a velha palavra “cartola” permanece a mais perfeita designação da arrogância e do elitismo de muitos dirigentes de futebol do mundo inteiro.

Mas a campanha anticopa não seria nada sem o bombardeio de informação podre patrocinado pelos profetas do pânico.

O objetivo desses falsos profetas não é prever nada, mas incendiar a opinião pública contra tudo e contra todos, inclusive contra o bom senso.

Afinal, nada melhor do que o pânico para se assassinar o bom senso.

Como conseguiram azedar o clima da Copa do Mundo no Brasil

O grande problema é quando os profetas do pânico levam consigo muita gente que não é nem virulenta, nem violenta, mas que acaba entrando no clima de replicar desinformações, disseminar raiva e ódio e incutir, em si mesmas, a descrença sobre a capacidade do Brasil dar conta do recado.

Isso azedou o clima. Pela primeira vez em todas as copas, a principal preocupação do brasileiro não é se a nossa seleção irá ganhar ou perder a competição.

A campanha anticopa foi tão forte e, reconheçamos, tão eficiente que provocou algo estranho. Um clima esquisito se alastrou e, justo quando a Copa é no Brasil, até agora não apareceu aquela sensação que, por aqui, sempre foi equivalente à do Carnaval.

Se depender desses Panicopas (os profetas do pânico na Copa), essa será a mais triste de todas as copas.

“Hello!”: já fizemos uma copa antes

Até hoje, os países que recebem uma Copa tornam-se, por um ano, os maiores entusiastas do evento. Foi assim, inclusive, no Brasil, em 1950. Sediamos o mundial com muito menos condições do que temos agora.

Aquela Copa nos deixou três grandes legados. O primeiro foi o Maracanã, o maior estádio do mundo – que só ficou pronto faltando poucos dias para o início dos jogos.

O segundo, graças à derrota para o Uruguai (“El Maracanazo”), foi o eterno medo que muitos brasileiros têm de que as coisas saiam errado no final e de o Brasil dar vexame diante do mundo - o que Nélson Rodrigues apelidou de “complexo de vira-latas”,  a ideia de que o brasileiro nasceu para perder, para errar, para sofrer.

O terceiro legado, inestimável, foi a associação cada vez mais profunda entre o futebol e a imagem do país. O futebol continua sendo o principal cartão de visitas do Brasil – imbatível nesse aspecto.

O cartunista Henfil, quando foi à China, em 1977, foi recebido com sorrisos no rosto e com a única palavra que os chineses sabiam do Português: “Pelé” (está no livro “Henfil na China”, de 1978).

O valor dessa imagem para o Brasil, se for calculada em campanhas publicitárias para se gerar o mesmo efeito, vale uma centena de Maracanãs. 

Desinformação #1: o dinheiro da Copa vai ser gasto em estádios e em jogos de futebol, e isso não é importante

O pior sobre a Copa é a desinformação. É da desinformação que se alimenta o festival de besteiras que são ditas contra a Copa.

Não conheço uma única pessoa que fale dos gastos da Copa e saiba dizer quanto isso custará para o Brasil. Ou, pelo menos, quanto custarão só os estádios. Ou que tenha visto uma planilha de gastos da copa.

A “Copa” vai consumir quase 26 bilhões de reais.

A construção de estádios (8 bi) é cerca de 30% desse valor.

Cerca de 70% dos gastos da Copa não são em estádios, mas em infraestrutura, serviços e formação de mão de obra.

Os gastos com mobilidade urbana praticamente empatam com o dos estádios.

O gastos em aeroportos (6,7 bi), somados ao que será investido pela iniciativa privada (2,8 bi até 2014) é maior que o gasto com estádios.

O ministério que teve o maior crescimento do volume de recursos, de 2012 para 2013, não foi o dos Esportes (que cuida da Copa), mas sim a Secretaria da Aviação Civil (que cuida de aeroportos).

Quase 2 bi serão gastos em segurança pública, formação de mão de obra e outros serviços.

Ou seja, o maior gasto da Copa não é em estádios. Quem acha o contrário está desinformado e, provavelmente, desinformando outras pessoas.

Desinformação #2: se deu mais atenção à Copa do que a questões mais importantes

Os atrasos nas obras pelo menos serviram para mostrar que a organização do evento não está isenta de problemas que afetam também outras áreas. De todo modo, não dá para se dizer que a organização da Copa teve mais colher de chá que outras áreas. 

Certamente, os recursos a serem gastos em estádios seriam úteis a outras áreas. Mas se os problemas do Brasil pudessem ser resolvidos com 8 bi, já teriam sido.

Em 2013, os recursos destinados à educação e à saúde cresceram. Em 2014, vão crescer de novo. 

Portanto, o Brasil não irá gastar menos com saúde e educação por causa da Copa. Ao contrário, vai gastar mais. Não por causa da Copa, mas independentemente dela.

No que se refere à segurança pública, também haverá mais recursos para a área. Aqui, uma das razões é, sim, a Copa.

Dados como esses estão disponíveis na proposta orçamentária enviada pelo Executivo e aprovada pelo Congresso (nas referências ao final está indicado onde encontrar mais detalhes).  

Se alguém quiser ajudar de verdade a melhorar a saúde e a educação do país, ao invés de protestar contra a Copa, o alvo certo é lutar pela aprovação do Plano Nacional de Educação, pelo cumprimento do piso salarial nacional dos professores, pela fixação de percentuais mais elevados e progressivos de financiamento público para a saúde e pela regulação mais firme sobre os planos de saúde.

Se quiserem lutar contra a corrupção, sugiro protestos em frente às instâncias do Poder Judiciário, que andam deixando prescrever crimes sem o devido julgamento, e rolezinhos diante das sedes do Ministério Público em alguns estados, que andam com as gavetas cheias de processos, sem dar a eles qualquer andamento.

Marchar em frente aos estádios, quebrar orelhões públicos e pichar veículos em concessionárias não tem nada a ver com lutar pela saúde e pela educação.

Os estádios, que foram malhados como Judas e tratados como ícones do desperdício, geraram, até a Copa das Confederações, 24,5 mil empregos diretos. Alto lá quando alguém falar que isso não é importante.

Será que o raciocínio contra os estádios vale também para a Praça da Apoteose e para todos os monumentos de Niemeyer? Vale para a estátua do Cristo Redentor? Vale para as igrejas de Ouro Preto e Mariana? 

Havia coisas mais importantes a serem feitas no Brasil, antes desses monumentos extraordinários. Mas o que não foi feito de importante deixou de ser feito porque construíram o bondinho do Pão-de-Açúcar? 

Até mesmo para o futebol, o jogo e o estádio são, para dizer a verdade, um detalhe menos importante. No fundo, estádios e jogos são apenas formas para se juntar as pessoas. Isso sim é muito importante. Mais do que alguns imaginam. 

Desinformação #3: O Brasil não está preparado para sediar o mundial e vai passar vexame

Se o Brasil deu conta da Copa do Mundo em 1950, por que não daria conta agora? 

Se realizou a Copa das Confederações no ano passado, por que não daria conta da Copa do Mundo? 

Se recebeu muito mais gente na Jornada Mundial da Juventude, em uma só cidade, porque teria dificuldades para receber um evento com menos turistas, e espalhados em mais de uma cidade?

O Brasil não vai dar vexame, quando o assunto for segurança, nem diante da Alemanha, que se viu rendida quando dos atentados terroristas em Munique, nos Jogos Olímpicos de Verão de 1972; nem diante dos Estados Unidos, que sofreram atentados na Maratona Internacional de Boston, no ano passado.

O Brasil não vai dar vexame diante da Itália, quando o assunto for a maneira como tratamos estrangeiros, sejam eles europeus, americanos ou africanos.

O Brasil não vai dar vexame diante da Inglaterra e da França, quando o assunto for racismo no futebol. Ninguém vai jogar bananas para nenhum jogador, a não ser que haja um Panicopa no meio da torcida. 

O Brasil não vai dar vexame diante da Rússia, quando o assunto for respeito à diversidade e combate à homofobia.

O Brasil não vai dar vexame diante de ninguém quando o assunto for manifestações populares, desde que os governadores de cada estado convençam seus comandantes da PM a usarem a inteligência antes do spray de pimenta e a evitar a farra das balas de borracha.

Podem ocorrer problemas? Podem. Certamente ocorrerão. Eles ocorrem todos os dias. Por que na Copa seria diferente? A grande questão não é se haverá problemas. É de que forma nós, brasileiros, iremos lidar com tais problemas.

Desinformação #4: os turistas estrangeiros estão com medo de vir ao Brasil 

De tanto medo do Brasil, o turismo para o Brasil cresceu 5,6% em 2013, acima da média mundial. Foi um recorde histórico (a última maior marca havia sido em 2005).

Recebemos mais de 6 milhões de estrangeiros. Em 2014, só a Copa deve trazer meio milhão de pessoas. 

De quebra, o Brasil ainda foi colocado em primeiro lugar entre os melhores países para se visitar em 2014, conforme o prestigiado guia turístico Lonely Planet (“Best in Travel 2014”, citado nas referências ao final).

Adivinhe qual uma das principais razões para a sugestão? Pois é, a Copa.


Desinformação #5: a Copa é uma forma de enganar o povo e desviá-lo de seus reais problemas

O Brasil tem de problemas que não foram causados e nem serão resolvidos pela Copa.

O Brasil tem futebol sem precisar, para isso, fazer uma copa do mundo. E a maioria assiste aos jogos da seleção sem ir a estádios. 

Quem quiser torcer contra o Brasil que torça. Há quem não goste de futebol, é um direito a ser respeitado. Mas daí querer dar ares de “visão crítica” é piada.

Desinformação #6: muitas coisas não ficarão prontas antes da Copa, o que é um grave problema

É verdade, muitas coisas não ficarão prontas antes da Copa, mas isso não é um grave problema. Tem até um nome: chama-se “legado”.

Mas, além do legado em infraestrutura para o país, a Copa provocou um outro, imaterial, mas que pode fazer uma boa diferença. 

Trata-se da medida provisória enviada por Dilma e aprovada pelo Congresso (entrará em vigor em abril deste ano), que limita o tempo de mandato de dirigentes esportivos.

A lei ainda obrigará as entidades (não apenas de futebol) a fazer o que nunca fizeram: prestar contas, em meios eletrônicos, sobre dados econômicos e financeiros, contratos, patrocínios, direitos de imagem e outros aspectos de gestão. Os atletas também terão direito a voto e participação na direção. Seria bom se o aclamado Barcelona, de Neymar, fizesse o mesmo.

Estresse de 2013 virou o jogo contra a Copa

Foi o estresse de 2013 que virou o jogo contra a Copa. Principalmente quando aos protestos se misturaram os críticos mascarados e os descarados.

Os mascarados acompanharam os protestos de perto e neles pegaram carona, quebrando e botando fogo. Os descarados ficaram bem de longe, noticiando o que não viam e nem ouviam; dando cartaz ao que não tinha cartaz; fingindo dublar a “voz das ruas”, enquanto as ruas hostilizavam as emissoras, os jornalões, as revistinhas e até as coitadas das bancas.

O fato é que um sentimento estranho tomou conta dos brasileiros. Diferentemente de outras copas, o que mais as pessoas querem hoje saber não é a data dos jogos, nem os grupos, nem a escalação dos times de cada seleção.  

A maioria quer saber se o país irá funcionar bem e se terá paz durante a competição. Estranho. 

É quase um termômetro, ou um teste do grau de envenenamento a que uma pessoa está acometida. Pergunte a alguém sobre a Copa e ouça se ela fala dos jogos ou de algo que tenha a ver com medo. Assim se descobre se ela está empolgada ou se sentou em uma flecha envenenada deixada por um profeta do apocalipse.

Todo mundo em pânico: esse filme de comédia a gente já viu

Funciona assim: os profetas do pânico rogam uma praga e marcam a data para a tragédia acontecer. E esperam para ver o que acontece. Se algo “previsto” não acontece, não tem problema. A intenção era só disseminar o pânico e o baixo astral mesmo.

O que diziam os profetas do pânico sobre o Brasil em 2013?  Entre outras coisas:

Que estávamos à beira de um sério apagão elétrico.

Que o Brasil não conseguiria cumprir sua meta de inflação e nem de superávit primário.

Que o preço dos alimentos estava fora de controle.

Que não se conseguiria aprontar todos os estádios para a Copa das Confederações.

O apagão não veio e as termelétricas foram desligadas antes do previsto. A inflação ficou dentro da meta. A inflação de alimentos retrocedeu. Todos os estádios previstos para a Copa das Confederações foram entregues.

Essas foram as profecias de 2013. Todas furadas.

Cada ano tem suas previsões malditas mais badaladas. Em 2007 e 2008, a mesma turma do pânico dizia que o Brasil estava tendo uma grande epidemia de febre amarela. Acabou morrendo mais gente de overdose de vacina do que de febre amarela, graças aos profetas do pânico.

Em 2009 e 2010, os agourentos diziam que o Brasil não estava preparado para enfrentar a gripe aviária e nem a gripe “suína”, o H1N1. Segundo esses especialistas em catástrofes, os brasileiros não tinham competência nem estrutura para lidar com um problema daquele tamanho. Soa parecido com o discurso anticopa, não?

O cataclismo do H1N1 seria gravíssimo. Os videntes falavam aos quatro cantos que não se poderia pegar ônibus, metrô ou trem, tal o contágio. Não se poderia ir à escola, ao trabalho, ao supermercado. Resultado? Não houve epidemia de coisa alguma.

Mas os profetas do pânico não se dão por vencidos. Eles são insistentes (e chatos também). Quando uma de suas profecias furadas não acontece, eles simplesmente adiam a data do juízo final, ou trocam de praga.

Agora, atenção todos, o próximo fim do mundo é a Copa. “Imagina na Copa” é o slogan. E há muita gente boa que não só reproduz tal slogan como perde seu tempo e sua paciência acreditando nisso, pela enésima vez. 

Para enfrentar o pessoal que é ruim da cabeça ou doente do pé

O pânico é a bomba criada pelos covardes e pulhas para abater os incautos, os ingênuos e os desinformados.

Só existe um antídoto para se enfrentar os profetas do pânico. É combater a desinformação com dados, argumentos e, sobretudo, bom senso, a principal vítima da campanha contra a Copa.

Informação é para ser usada. É para se fazer o enfrentamento do debate. Na escola, no trabalho, na família, na mesa de bar.

É preciso que cada um seja mais veemente, mais incisivo e mais altivo que os profetas do pânico. Eles gostam de falar grosso? Vamos ver como se comportam se forem jogados contra a parede, desmascarados por uma informação que desmonta sua desinformação.

As pessoas precisam tomar consciência de que deixar uma informação errada e uma opinião maldosa se disseminar é como jogar lixo na rua. 

Deixar envenenar o ambiente não é um bom caminho para melhorar o país.

A essa altura do campeonato, faltando poucos meses para a abertura do evento, já não se trata mais de Fifa. É do Brasil que estamos falando.

É claro que as informações deste texto só fazem sentido para quem as palavras “Brasil” e “brasileiros” significam alguma coisa.

Há quem por aqui nasceu, mas não nutre qualquer sentimento nacional, qualquer brasilidade; sequer acreditam que isso existe. Paciência. São os que pensam diferente que têm que mostrar que isso existe sim.

Ter orgulho do país e torcer para que as coisas deem certo não deve ser confundido com compactuar com as mazelas que persistem e precisam ser superadas. É simplesmente tentar colocar cada coisa em seu lugar.

Uma das maneiras de se colocar as coisas no lugar é desmascarar oportunistas que querem usar da pregação anticopa para atingir objetivos que nunca foram o de melhorar o país.

O pior dessa campanha fúnebre não é a tentativa de se desmoralizar governos, mas a tentativa de desmoralizar o Brasil.

É preciso enfrentar, confrontar e vencer esse debate. É preciso mostrar que esse pessoal que é profeta do pânico é ruim da cabeça ou doente do pé.

(*) Antonio Lassance é doutor em Ciência Política e torcedor da Seleção Brasileira de Futebol desde sempre.

Mais sobre o assunto:


A Controladoria Geral da União atualiza a planilha com todos os gastos previstos para a Copa, os já realizados 

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

FIFA cria Fundo de Legado da Copa com aporte de R$ 47 milhões

Secretário-geral da Fifa visita Instituto Bola para Frente de Jorginho, cita novos investimentos sociais e fala em construção de minicampos no país

Por Rio de Janeiro

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, anunciou na manhã desta quinta-feira, a criação de um fundo de legado em comunidades carentes no Brasil. A iniciativa faz parte do projeto social da entidade chamado Football for Hope. Valcke disse que vai investir US$ 20 milhões (cerca de R$ 47 milhões) em projetos sociais, o que inclui a construção de minicampos como incentivo à educação no país.
Jérôme Valcke visita Projeto Bola Pra Frente (Foto: Alexandre Durão)Os campeões mundiais Jorginho, Bebeto e Cafu acompanham Valcke no encontro com crianças (Foto: Alexandre Durão)

O dirigente da Fifa visitou nesta manhã em Guadalupe, na zona norte do Rio, o Instituto Bola para Frente do ex-jogador e atual treinador de futebol Jorginho, que já recebe US$ 200 mil (cerca de R$ 470 mil) de investimento da Fifa - e ainda vai receber mais US$ 800 mil (R$1.880 milhão) do fundo de legado da Fifa. Recebido por centenas de crianças, com direito a samba, embaixadinhas e tour pelo projeto social de Jorginho, Valcke bateu pênalti e pegou em instrumento debaixo de um forte calor.
Jérôme Valcke visita Projeto Bola Pra Frente (Foto: Alexandre Durão)Valcke aproveita ventilador durante conversa com os jovens (Foto: Alexandre Durão)
- Ainda vamos fechar e anunciar completo todo esse investimento, mas são pelo menos US$ 20 milhões que a Fifa vai investir em comunidades no Brasil para construção de minicampos e para provocar esporte aliado sempre à educação – disse o secretário-geral da Fifa.
No projeto Football for Hope, a Fifa também promete mais de US$ 1 milhão para distribuir entre 25 projetos semelhantes ao de Jorginho pelo país afora. Acompanhado de Bebeto e Cafu, o lateral-direito campeão do mundo em 1994 agradeceu o apoio da Fifa e prometeu ampliar o projeto de Guadalupe.
- Meu sonho é ampliar esse projeto e atender a 19 mil crianças por ano – disse Jorginho. 
O projeto de Jorginho e os demais 24 foram escolhidos por critérios da Fifa. A entidade explicou que qualquer organização pode se inscrever para receber os investimentos. No entanto, não informam quantas se candidataram a receber investimentos.   
- Para receber esse investimento, basta ter crianças e futebol. Isso faz parte do futuro. A ideia é investir em pessoas jovens que possam usufruir desses benefícios no futuro - disse Jérôme Valcke.
Jérôme Valcke visita Projeto Bola Pra Frente (Foto: Alexandre Durão)

O Brasileiro e seu eterno complexo de vira-lata

Origem: Wikipédia.

 
Nossa única profissão exportável, como todos sabem, é a de futebolista".
 
"Complexo de vira-lata" é uma expressão criada pelo dramaturgo e escritor brasileiro Nelson Rodrigues, a qual originalmente se referia ao trauma sofrido pelos brasileiros em 1950, quando a Seleção Brasileira foi derrotada pela Seleção Uruguaia de Futebol na final da Copa do Mundo em pleno Maracanã. O Brasil só teria se recuperado do choque (ao menos no campo futebolístico) em 1958, quando ganhou a Copa do Mundo pela primeira vez.1
Para Rodrigues, o fenômeno não se limitava somente ao campo futebolístico. Segundo ele, "por 'complexo de vira-lata' entendo eu a inferioridade em que o brasileiro se coloca, voluntariamente, em face do resto do mundo".2
Ainda segundo Rodrigues, "o brasileiro é um narciso às avessas, que cospe na própria imagem. Eis a verdade: não encontramos pretextos pessoais ou históricos para a auto-estima".2
A expressão complexo de vira-lata (traduzida para "the mongrel complex") foi recuperada em 2004 pelo jornalista estadunidense Larry Rohter, que em matéria para o The New York Times sobre o programa nuclear brasileiro, escreveu:
 
Escrevendo nos anos 1950, o dramaturgo Nelson Rodrigues viu seus compatriotas afligidos por um senso de inferioridade, e cunhou a frase que os brasileiros hoje usam para descrevê-lo: "o complexo de vira-lata". O Brasil sempre aspirou a ser levado a sério como uma potência mundial pelos pesos-pesados, e portanto dói nos brasileiros que líderes mundiais possam confundir seu país com a Bolivia, como Ronald Reagan fez uma vez, ou que desconsiderem uma nação tão grande - tem 180 milhões de pessoas - como "não sendo um país sério",3 como Charles de Gaulle fez.4
 
O Brasil estaria assim, desejoso de ser reconhecido como igual no concerto das nações, mas tropeçaria sucessivamente em sua baixa auto-estima, reforçada pelos incidentes folclóricos acima relatados e outros do mesmo gênero ("a capital do Brasil é Buenos Aires", "os brasileiros falam espanhol" etc) sucessivamente cometidos pela mídia e autoridades estrangeiras

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Prêmio Petrobras, de esporte educacional.

O Esporte Educacional

O que é Esporte Educacional?

O Esporte Educacional é uma manifestação do esporte com foco na inclusão social. Sua base é o processo de aprendizado e desenvolvimento integral do ser humano, não apenas a formação do indivíduo como atleta.
Ele adapta regras, estruturas, espaços e gestos motores de acordo com as realidades de cada território. Mescla o saber formal, aprendido na escola, com o saber informal, produzido pela comunidade. É uma forma de aprendizagem de valores e conteúdos, onde se pode aprender jogando e jogar aprendendo.
O esporte educacional requer planejamento pedagógico que se desenvolve ao longo do tempo, visando atingir aos objetivos (educacionais) que se propõe. A intencionalidade pedagógica deve ser traduzida nas seguintes premissas:
  • a) Ensinar o esporte para todos, respeitando a diversidade de gênero, biótipo, raça, etnia;
  • b) Ensinar bem esporte, considerando a diversidade para desenvolver as habilidades e as táticas esportivas dos alunos, para além das aptidões esportivas;
  • c) Ensinar mais do esporte, estimulando o desenvolvimento de competências para a inserção social e exercício da cidadania, que implica no desenvolvimento da capacidade de leitura crítica do mundo e do próprio esporte nos diferentes contextos em que este se manifesta.
O esporte educacional se diferencia do esporte de rendimento porque não seleciona os mais aptos, não está submetido à lógica exclusiva do rendimento máximo que está presente nas competições e grandes eventos esportivos de alto nível. É importante ressaltar que não se trata da atribuição de valor negativo à competição, como algo a ser evitado, pelo contrário, a competição dentro do processo educacional proporciona aprendizagens específicas e é pensada ou planejada para que todos a vivenciem.

As Diretrizes do Esporte Educacional

Para a Petrobras, o conceito de Esporte Educacional está baseado em cinco diretrizes:
Promover a interação das diferenças e o respeito às individualidades – incentivar ao acesso de crianças e adolescentes ao esporte, sem qualquer forma de distinção ou discriminação. Trabalhar a percepção, reconhecimento e valorização das diferenças entre as pessoas no que se refere à raça, cor, religião, gênero, biotipo e níveis de habilidades.


Atuar em sinergia com políticas, especialmente nas áreas de esporte, educação e cultura – desenvolver práticas pedagógicas esportivas articuladas às demais áreas de conhecimento e o diálogo estreito com diferentes esferas públicas, como saúde, esporte, assistência, educação, entre outros.
Incentivar a autonomia, a cooperação e a corresponsabilidade – utilizar o esporte como fator de educação emancipatória, baseando-se no conhecimento, no esclarecimento e na autorreflexão crítica para superar modelos. Portanto, a autonomia constitui-se na participação ativa de todos os envolvidos na estruturação do processo de ensino e aprendizagem do esporte.
Valorizar as identidades regionais e saberes populares – reconhecer o esporte enquanto manifestação cultural e identitária. Trabalhar a cultura corporal local – jogos, danças, brincadeiras e esportes – socialmente referenciadas na comunidade, como uma importante ferramenta de ensino, de aprendizagem e de definição das identidades dos sujeitos em suas realidades locais.
Contribuir para o desenvolvimento motor, cognitivo e socioafetivo de crianças e adolescentes – ampliar o entendimento do esporte como veículo potencial de desenvolvimento, não apenas das habilidades motoras, mas também de interação social e de processos de ensino-aprendizagem. As ações pedagógicas devem abordar os conteúdos nas dimensões conceitual, atitudinal e procedimental.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Segunda chance’ anima Rodolfo - Gazeta do Povo

Há 585 dias sem atuar – e após suspensão – goleiro retornará aos gramados como capitão do Atlético sub-23

 
15/01/2014 | 00:03 | FERNANDO RUDNICKComentário (0)
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A segunda chance de Rodol­­fo Alves de Melo começa daqui a três dias – e o goleiro mal consegue esperar. No sábado, às 17 horas, quando calçar as luvas e vestir a camisa do Atlético na estreia do Paranaense, contra o Prudentópolis, no Newton Agibert, o jovem camisa 1 de 22 anos marcará seu retorno aos gramados após um ano de suspensão por uso de cocaína.
“Ele vive essa expectativa desde o fim da punição, em setembro do ano passado, mas era hora de focar na saúde. Agora é um recomeço e ele está muito feliz”, descreve o empresário do arqueiro, Israel Bodziack da Silva.
Rodolfo mudou nesse período de isolamento. Se antes era tímido porque tentava ocultar a dependência, hoje ele anda com a cabeça erguida, não se esconde. Passou a falar mais. Largou o cigarro e a bebida, agentes que o levaram ao fundo do poço.Emocional em diversos aspectos, a volta de Rodolfo é tratada no CT do Caju como um exemplo. Internado por diversas vezes em clínicas de reabilitação para dependentes químicos e com acompanhamento integral de psicólogos, o paulista está livre das drogas há um ano e quatro meses. “Não curado, porque ninguém se cura disso, mas ele está muito bem e pronto para voltar a trabalhar”, garante o empresário. “Ele é monitorado. Faz exames de sangue duas vezes por semana”, acrescenta o empresário.
Querido pelos companheiros, foi eleito capitão do sub-23 atleticano. Sua recuperação virou meta até do presidente Mario Celso Petraglia, que renovou contrato do goleiro até junho de 2017, e espera vê-lo em breve no plantel principal, após dar os primeiros passos no Estadual.
Para o técnico do time, Dejan Petkovic, ele também é motivo de elogios. “Rodolfo se recuperou totalmente e tem sido um atleta exemplar. Ele caiu em um momento, mas se levantou. Está se integrando ao grupo, deixando o passado de lado e voltando-se para o futuro”, resumiu, em entrevista ao site oficial do clube.
A partir de setembro do ano passado, quando foi liberado para atuar, Rodolfo passou a treinar com o grupo principal. Não foi utilizado, mas teve quatro pedidos de empréstimo negados pelo Atlético, um deles, do Vasco.
Em dezembro, foi integrado ao sub-23 para ser titular e se recuperar. Está muito bem, tanto tecnicamente quanto fisicamente, dizem pessoas próximas. Na verdade, nunca deixou de estar no mesmo nível dos goleiros do time principal. Não estava pronto, entretanto, para reaparecer nos gramados.
Sua última partida (9/6/12), contra o CRB, ainda pela Série B, foi há 585 dias. Titular no Paranaense do mesmo ano, ele tenta dar a volta por cima na profissão da mesma forma que precisa fazer diariamente na vida pessoal.

Imagnes da visita do goleiro Rodolfo ao Projeto Camisa 10.

 
Estiveram presentos no treino do projeto camisa 10 neste sábado, Ricardo Silva (Gerente da Escola Furacão), Fernando Noskoski (Supervisor de Projetos Sociais da Escola Furacão), Dionísio Banaszewski (Presidente da Câmara de Ética do CAP) e o goleiro Rodolfo, do Atlético Paranaense. O objetivo deste trabalho é aproximar o clube da Ong, melhorando o relacionamento e incentivando a parceria para aprimorar o seu desenvolvimento. O projeto camisa 10 agradece a todos os membros do Cap pela visita, em especial ao goleiro Rodolfo pelo seu carisma e dedicação aos projetos sociais.






terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Feliz dia do treinador de Futebol.



O projeto Camisa 10 deseja um feliz dia do treinador de futebol aos nossos professores.
 
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Imagens da semana, Janeiro de 2011

Fotos Janeiro 2011

Inicio dos trabalhos do projeto camisa 10

Fotos do Antigo Ct do Clube Atlético Pr.

Primeiros atletas do Projeto Camisa 10

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014