Cahuê Miranda
Marco André Lima |
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Álvaro: nosso objetivo é maior do que revelar jogadores. Confira no vídeo um pouco do projeto. |
Estudar em uma escola particular é um luxo distante para a grande maioria das crianças que moram no bairro Cidade Jardim, em São José dos Pinhais. Para o garoto John Renan Cordeiro, 12 anos, essa chance foi conquistada através do futebol. O talento com a bola deu a ele uma bolsa de estudos e a oportunidade de um futuro melhor.
Renan é um dos 200 garotos e garotas que já passaram pelo Projeto Camisa 10, uma ação social que usa o esporte como ferramenta de educação e inclusão social. Implantado em 2010, o programa atende atualmente 90 crianças e adolescentes, que treinam semanalmente ao lado do Parque Metropolitano, em São José dos Pinhais.
A ideia surgiu através de um projeto acadêmico do professor de educação física Álvaro José Menegotto, hoje presidente da ONG Projeto Social Camisa 10. Com apoio de empresários da região, ele conseguiu tirar os planos do papel e vem conseguindo contribuir para melhorar as condições de vida da garotada da região.
“A proposta principal é desenvolver valores através de ações sociais pelo futebol. Nossa prioridade são jovens em situação de vulnerabilidade social, pois acreditamos que a melhor maneira para uma criança crescer e se desenvolver é a prática esportiva”, explica Álvaro, que já foi jogador profissional e defendeu o Tubarão (SC).
Bom em tudo
As crianças que participam do projeto são selecionadas nas escolas públicas da região. A grande maioria mora em São José dos Pinhais, mas também há meninos do Boqueirão e do Uberaba, bairros curitibanos da região. Para entrar no projeto, a garotada precisa ter boas notas e bom comportamento no colégio.
Renan é um dos meninos que foram treinar já no primeiro dia. “Em três anos, ele só faltou uma vez”, conta Álvaro. Dedicação que foi recompensada. “Fiz um teste no Colégio Milênio, que é particular, e eles me deram uma bolsa. Agora estou estudando lá e jogando no time do colégio. Meu sonho é ser jogador profissional”, diz Renan.
Assim como ele, outros garotos do projeto seguem o mesmo caminho. “Já mandamos meninos para os times de futsal da AABB, do Clube Curitibano e para as categorias de base do Paraná Clube”, conta Álvaro. “Mas nosso objetivo é maior do que revelar jogadores. Em 2010, tivemos sete alunos que repetiram de ano. No ano seguinte foram dois e depois apenas um. Este ano, o objetivo é nenhum. Essa é a nossa maior conquista”, ressalta o professor.
Celeiro de craques
O campo onde a garotada do Programa Camisa 10 treina uma vez por semana fica bem na divisa entre Curitiba e São José dos Pinhais. O local é o mesmo onde ficava o antigo Pavoc (Parque Aquático Vila Olímpica Cornelsen), que foi o centro de treinamentos do Atlético Paranaense nos anos 1980 e 1990.
“Nosso objetivo também era resgatar o Pavoc. É uma ótima estrutura, com dois campos oficiais e pista de atletismo, que não estava sendo usada. Aqui, tínhamos certeza que o projeto daria certo, pois essa região já foi um grande celeiro de craques”, comenta Álvaro, que treinou no local quando fez parte das categorias de base do Furacão.
Atualmente, a área faz parte da sede do Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde. “Eles toparam nos ceder o espaço, se provássemos que era mesmo um projeto social. Encontramos o campo com mais de um metro de mato. Tivemos que cortar a grama, pintar as traves, arrumar tudo”, conta o professor.
O projeto conta ainda com o apoio das empresas Pratice Móveis, Taurinos Organic, Nutrimental, Sanepar e da lanchonete Subway de São José dos Pinhais.
Renan é um dos 200 garotos e garotas que já passaram pelo Projeto Camisa 10, uma ação social que usa o esporte como ferramenta de educação e inclusão social. Implantado em 2010, o programa atende atualmente 90 crianças e adolescentes, que treinam semanalmente ao lado do Parque Metropolitano, em São José dos Pinhais.
A ideia surgiu através de um projeto acadêmico do professor de educação física Álvaro José Menegotto, hoje presidente da ONG Projeto Social Camisa 10. Com apoio de empresários da região, ele conseguiu tirar os planos do papel e vem conseguindo contribuir para melhorar as condições de vida da garotada da região.
“A proposta principal é desenvolver valores através de ações sociais pelo futebol. Nossa prioridade são jovens em situação de vulnerabilidade social, pois acreditamos que a melhor maneira para uma criança crescer e se desenvolver é a prática esportiva”, explica Álvaro, que já foi jogador profissional e defendeu o Tubarão (SC).
Bom em tudo
As crianças que participam do projeto são selecionadas nas escolas públicas da região. A grande maioria mora em São José dos Pinhais, mas também há meninos do Boqueirão e do Uberaba, bairros curitibanos da região. Para entrar no projeto, a garotada precisa ter boas notas e bom comportamento no colégio.
Renan é um dos meninos que foram treinar já no primeiro dia. “Em três anos, ele só faltou uma vez”, conta Álvaro. Dedicação que foi recompensada. “Fiz um teste no Colégio Milênio, que é particular, e eles me deram uma bolsa. Agora estou estudando lá e jogando no time do colégio. Meu sonho é ser jogador profissional”, diz Renan.
Assim como ele, outros garotos do projeto seguem o mesmo caminho. “Já mandamos meninos para os times de futsal da AABB, do Clube Curitibano e para as categorias de base do Paraná Clube”, conta Álvaro. “Mas nosso objetivo é maior do que revelar jogadores. Em 2010, tivemos sete alunos que repetiram de ano. No ano seguinte foram dois e depois apenas um. Este ano, o objetivo é nenhum. Essa é a nossa maior conquista”, ressalta o professor.
Celeiro de craques
O campo onde a garotada do Programa Camisa 10 treina uma vez por semana fica bem na divisa entre Curitiba e São José dos Pinhais. O local é o mesmo onde ficava o antigo Pavoc (Parque Aquático Vila Olímpica Cornelsen), que foi o centro de treinamentos do Atlético Paranaense nos anos 1980 e 1990.
“Nosso objetivo também era resgatar o Pavoc. É uma ótima estrutura, com dois campos oficiais e pista de atletismo, que não estava sendo usada. Aqui, tínhamos certeza que o projeto daria certo, pois essa região já foi um grande celeiro de craques”, comenta Álvaro, que treinou no local quando fez parte das categorias de base do Furacão.
Atualmente, a área faz parte da sede do Batalhão de Polícia Ambiental Força Verde. “Eles toparam nos ceder o espaço, se provássemos que era mesmo um projeto social. Encontramos o campo com mais de um metro de mato. Tivemos que cortar a grama, pintar as traves, arrumar tudo”, conta o professor.
O projeto conta ainda com o apoio das empresas Pratice Móveis, Taurinos Organic, Nutrimental, Sanepar e da lanchonete Subway de São José dos Pinhais.
Marco André Lima |
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Renan ganhou bolsa em escola particular e sonha ser jogador profissional. Atualmente 90 crianças e adolescentes treinam semanalmente. |
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